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O trabalho de Ataide Miranda encanta pela sua expressão única, contemporânea e urbana e vem se espalhando por Belo Horizonte, seja pelos muros, telas ou papel. Em entrevista o artista falou sobre sua carreira, o caminho que percorreu até se tornar artista visual, seu processo criativo e planos para o futuro.

“A arte começou na minha vida com a música. Com pai e irmão músicos aprendi a tocar sozinho e fui baterista por vinte anos”, conta o artista que como musico não obteve muito reconhecimento e após anos de carreira se voltou para a academia e iniciou o curso de Design Gráfico no Inap.
Ataide desenha desde muito novo, na pré-escola, aos três anos, fez um retrato de seu pai, bem caricato e cheio de detalhes, que se destacava em meio aos “desenhos de palitinhos” dos seus colegas. O desenho encantou as professoras que chamaram sua mãe a escola para alertar sobre o talento do menino. Mesmo assim ele cresceu sem perceber o valor artístico da sua expressão, tendo preconceito com seu próprio traço que julgava ser muito grosseiro e infantil. Em 2010 nas aulas de história da arte conheceu o expressionismo, estudou grandes mestre como Picasso e Miró, se livrou de preconceitos e começou a encontrar seu lugar na pintura.

Ao mostrar seus desenhos foi encorajado pela sua professora da matéria, Cristiane Pinheiro, a continuar o trabalho. Acreditando no seu talento ela chegou a presenteá-lo com nanquins para estimula-lo. Dentro da faculdade recebeu apoio também de outro professor de desenho, Breno, e passou a receber encomendas dos seus trabalhos. Em 2011 começou a desenhar profissionalmente, usando o Facebook para divulgar suas produções expandiu seu alcance e passou a receber mais pedidos.
Desde então seu trabalho vem crescendo, seu traço mudando mas suas características marcantes e originalidade se mantem. Ataide afirma que se enjoa da mesmice e por isso se exige cada dia mais. Surpreendido com o retorno que vem obtendo, sonha em ganhar o mundo, viajar e assimilar culturas diferentes para enriquecer seu trabalho.

O artista contou como cria suas obras muito próprias e viscerais “Pego o papel em branco, com a mente em branco e começo a fazer curvas, brincar com a caneta sem pretensão nenhuma. Faço aquela brincadeira do azulejo, olhar apara eles e enxergar formas”. A partir das linhas desenhadas enxerga rostos, animais, plantas, que vão ganhando cores e detalhes ao longo do processo. Como suas obras não são projetas, o resultado sempre é único e exclusivo.

Ataide gosta de manter seu olhar virgem e puro, por isso não pretende se tornar grande pesquisador de arte, evitando se influenciar demais. Trabalha sem a pretensão de produzir uma obra de arte, deseja apenas tocar as pessoas. Ama o que faz, desenha todos os dias, se expressar através da arte é para ele uma necessidade.

Texto: Heloisa Santos / Thais Falabella
Fotografia: Arquivo de Ataide Miranda

One Response

  • Ataide Mirandamarço 04, 2015 at 18:32 

    Parabéns pela matéria!!
    Vcs arrazaram!

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